Header Ads

Saiba mais

A vida que se faz, e se perde, nas linhas de comboio

Os acidentes nas linhas de comboio são recorrentes. Na última quinta-feira, o comboio colheu mais uma senhora com o seu bebé às costas.



Eram três da tarde quando Jéssica Inácio desceu do táxi na estrada principal de Viana e começou a andar em direcção à sua residência no bairro Camadeira. Cansada, decidiu ir pela travessia que usa há sete anos, sobre a linha férrea do Caminho de Ferro de Luanda (CFL), mas, desta vez, não deu pela chegada do comboio. Só não aconteceu o pior porque foi alertada pelas pessoas que lá se encontravam.
“Estava distraída. Não é a primeira vez que isso me acontece. Estava a pensar nos problemas do dia-a-dia e não prestei atenção ao comboio, quase que era colhida pelas carruagens”, justifica ao Rede Angola.
Jéssica, à semelhança de vários outros transeuntes, prefere passar sobre a linha férrea do que pela passagem de nível que se encontra a escassos metros, alegando a distância entre a paragem de táxi e a ponte. Não é a primeira vez que se distrai enquanto caminha pela linha férrea, e não fosse o alerta de outros transeuntes já teria acontecido o pior.

Sorte igual não teve a senhora de 35 anos, com o seu bebé às costas, que foi colhida e arrastada, na passada quinta-feira, ao longo do CFL no conhecido troço da Mandimbra. ORA pôde verificar, infelizmente, vestígios de sangue, órgãos, cabelos e tecidos na linha.
De acordo com registos da direcção de CFL ao RA, foram registados durante o ano passado 42 acidentes na linha férrea, resultando em 20 mortos, 16 feridos e seis colisões com veículos automóveis.
Apesar do elevado número de acidentes, as quitandeiras, que constam entre as principais vitimas, continuavam o seu comércio naquele espaço, sobre a linha. Afirmam-se conscientes do risco que correm.
Fonte: Rede Angola

Nenhum comentário