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Conferência de imprensa dos activistas adiada

Em causa está a sobreposição de eventos no complexo da UNITA, em Viana. A nova data ainda não foi avançada.



A UNITA disse ontem que uma “sobreposição” de eventos provocou a indisponibilidade do complexo que possui nos arredores de Luanda para acolher, como estava anunciado, uma conferência de imprensa promovida pelos 17 activistas condenados por rebelião.
A informação foi prestada à Lusa pelo porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, depois de os 17 activistas terem anunciado o adiamento do evento, por não ter sido autorizada a utilização do complexo Sovsmo, nos arredores de Luanda, propriedade do maior partido da oposição, contrariamente ao previsto anteriormente.
“Houve uma sobreposição de eventos para o mesmo dia, mas foi proposta uma alternativa. De outra forma seria um contrassenso, porque ainda há pouco tempo aquele local recebeu uma iniciativa de apoio para com estes jovens”, recordou Sakala.
O activista e investigador universitário Nuno Dala disse ontem à Lusa que o grupo foi confrontado com a indisponibilidade do complexo, já depois de acertada a cedência.
“Infelizmente, ontem [segunda-feira], um responsável da cúpula do partido UNITA passou-nos uma informação a desconfirmar o que já tinha sido confirmado. O nosso entendimento é que deve ter havido alguma ordem superior, não conseguimos ver outra razão para alterar a resposta favorável anterior”, disse o activista, um dos 17 jovens detidos a 20 de Junho de 2015 e condenados a 28 de Março último a penas entre 2 anos e 3 meses e os 8 anos e meio de prisão.

Estes 17 jovens começaram a cumprir pena, também por associação de malfeitores, no final de Março e foram libertados a 29 de Junho, na sequência de um habeas corpus apresentado pela defesa.
De acordo com Nuno Dala, activista que durante o julgamento esteve cerca de um mês em greve de fome, na cadeia, o novo local para a realização desta conferência será anunciado nos próximos dias.
O evento, sob o lema “Unidos Pela Cidadania, Liberdade e Construção do Futuro”, servirá para a “apresentação pública da versão dos factos relacionados com o encarceramento bárbaro, ilegal e as sistemáticas violações dos Direitos Humanos”.
Os activistas, incluindo o rapper luso-angolano Luaty Beirão, prometem “narrar as peripécias” que passaram desde a detenção, julgamento, que decorreu desde Novembro de 2015, condenação e a actual liberdade provisória, sobre termo de identidade e residência.
Este grupo recorda que um outro activista, Francisco Gomes Macampa ‘Dago Nível Intelecto’, continua na prisão, a cumprir uma pena de 8 meses de cadeia. Foi condenado em julgamento sumário a 28 de Março, depois de conhecida a sentença aplicada então aos 17 activistas, por ter gritado na sala de audiências que aquele julgamento era uma “palhaçada”.

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