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Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados do Brasil

O presidente, já afastado do cargo, disse ser alvo de perseguição por dar início ao processo de “impeachment” de Dilma Rousseff.



O presidente afastado da Câmara dos Deputados do Brasil, Eduardo Cunha renunciou ontem ao cargo.
“Resolvi ceder ao apelos generalizados dos meus apoiantes […] Somente a minha renúncia poderá pôr fim a esta instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará infinitamente”, disse, ao ler a sua carta de demissão numa conferência de imprensa no Salão Nobre da Câmara. O presidente informou ter encaminhado a carta ao primeiro-vice-presidente da Câmara dos Deputados.
Na carta, Cunha disse que é alvo de perseguições por ter aceite a denúncia que deu início ao processo deimpeachment de Dilma Rousseff. “Sofri e sofro muitas perseguições em função das pautas. Estou pagando alto preço por dar início ao impeachment“, disse emocionado.
O membro do PMDB (do actual presidente interino Michel Temer) afirmou também que sempre falou a verdade: “Comprovarei minha inocência nesses inquéritos. Não recebi qualquer vantagem indevida de quem quer que seja”.
Em ocasiões anteriores, por várias vezes, Cunha negou que iria renunciar ao cargo.
Com a decisão de Cunha, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes – para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a Câmara de Deputados até Fevereiro do próximo ano quando um novo presidente será eleito.

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