Michael Jordan critica aumento da violência nos EUA
'Pessoas de cor e policiais precisam de apoio e respeito', diz o ex-jogador.
'Estou preocupado com as mortes e com o ódio', afirma.
O melhor jogador de basquete da história, Michael Jordan, rompeu nesta segunda-feira (25) o silêncio que o acompanhou durante sua vitoriosa carreira em assuntos sociais e políticos para criticar o espiral de violência em que está mergulhado os Estados Unidos após as mortes de cidadãos negros e policiais.
"Devemos encontrar soluções para garantir que as pessoas de cor recebam um tratamento justo e que os policiais - que põem suas vidas em risco todos os dias para nos proteger - sejam apoiados e respeitados", disse Jordan, seis vezes campeão da NBA pelo Chicago Bulls, em comunicado.
"Como um americano, um pai que perdeu o pai em um ato de violência sem sentido, e um homem negro, estou profundamente preocupado com as mortes de afro-americanos pelas mãos de policiais uniformizados e com raiva pela covardia e ódio para matar policiais", afirmou o atual proprietário dos Charlotte Hornets.
Aos 53 anos, Jordan, ao contrário de muitos outros atletas, poucas vezes assumiu uma posição em assuntos sociais e políticos. Ele intitulou seu comunicado de: "Eu não posso manter o meu silêncio".
O comunicado chega depois do assassinato de cinco policiais em Dallas (Texas) e outros três em Baton Rouge (Louisiana) que sucederam à morte de vários negros pelas mãos dos agentes de segurança.
"Eu sei que este país é melhor que tudo isto", disse Jordan.
Junto ao comunicado, Jordan doou US$ 1 milhão para a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor e outro US$ 1 milhão ao Instituto para Relações entre Comunidade e Polícia, da Associação Internacional de Chefes de Polícia.
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