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Três quartos do Sudão do Sul precisam de ajuda humanitária

Programa Alimentar Mundial da ONU avisa que os números podem aumentar. Vice-presidente Riek Machar saiu de Juba para evitar conflitos.



O Programa Alimentar Mundial (WFP em inglês) da ONU calcula que três quartos da população do Sudão do Sul precisa de ajuda humanitária, num momento em que os confrontos no país desalojaram 36 mil pessoas só em Juba.
Em declarações à AFP, Ertharin Cousin, directora do WFP, disse que o número pode ainda aumentar: “O conflito irá deixar ainda mais pessoas à fome e em desespero”, alertou, citada pelo portal Africa News.
Desde a última quinta-feira, dia em que começaram os confrontos entre os militares leais ao presidente Salva Kiir e os rebeldes comandados pelo vice-presidente Riek Machar, que a ajuda humanitária no Sudão do Sul está bloqueada. Mais de 2 mil pessoas procuraram refúgio nos acampamentos da ONU instalados no país.
Entretanto, entrou no terceiro dia o cessar-fogo que pôs fim aos combates na capital. A Reuters dá conta que Riek Machar e as suas tropas retiraram-se de Juba, com um porta-voz do vice-presidente a garantir que a decisão é uma forma de evitar confrontos.
“Ele [Machar] não irá voltar para o mato, nem está a preparar-se para a guerra”, disse James Gatdet Dak, sem revelar a localização dos militares.
Machar havia regressado a Juba em Abril deste ano, quando foi nomeado vice-presidente, umas das condições que permitiu a assinatura de um tratado de paz com o governo. O acordo foi colocado por várias vezes em causa. O último momento de tensão foi registado na quinta-feira passada, quando cinco militares foram mortos num posto fronteiriço.

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