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Dono do mundo? O Google está por trás até do sucesso do Pokémon Go

Em um pouco mais de um mês do seu lançamento, o jogo de realidade virtual Pokémon Go já chegou a faturar mais de US$ 200 milhões (cerca de R$ 629,7 milhões). O game, baixado mais de 100 milhões de vezes, bateu o Tinder e o próprio Facebook em popularidade. E, por muito pouco --mais precisamente um ano--, não é do Google.

Isso mesmo! A Niantic --criadora do jogo-- nasceu em 2010 como uma startup dentro do Google. Foi lá inclusive que foi desenvolvido o seu primeiro jogo: o Ingress, jogo para Android que mescla mapas, RPG (game de representação) e realidade aumentada (algo muito parecido com o Pokemón Go). E logo que saiu, a empresa recebeu um financiamento de milhões de dólares da gigante de buscas.

História antiga

A relação é muito mais antiga do que a Niantic. Bem antes de fundar a Niantic, John Hanke tinha a Keyhole, que, em 2004, foi comprada pelo Google. E dos projetos da empresa saiu o Google Earth. Por vários anos, Hanke assumiu a vice-presidente da divisão de geolocalização do Google.
Época em que a empresa se envolveu em um grande escândalo de privacidade, por ter recolhido sistematicamente dados privados de 2006 a 2010 ao tirar fotos para o Google Street View. Após pressão de reguladores alemães, a gigante das buscas reconheceu que por um erro teria coletado informações ao se conectar a redes sem fio não criptografadas dos usuários. A coleta teria sido em todos os países em que o Street View tinha sido catalogado, incluindo Estados Unidos e parte da Europa. 
Pouco tempo após o escândalo, Hanke decidiu mesclar os seus conhecimentos em mapas com o ramo de entretenimento e surgiu a Niantic, que, em agosto de 2015, saiu da empresa mãe para "andar com usas próprias pernas", mas nem tanto,
A ruptura entre a gigante das buscas com a Niantic ocorreu logo após o anúncio da restruturação do Google como Alphabet Inc --holding criada para centralizar o controle sobre todas as divisões da empresa, que vão desde os serviços de internet (Google Inc) a áreas como desenvolvimento e pesquisa em saúde (Calico), tecnologia (Google X) e investimento (Google Capital e Google Ventures).

Na época, o Google tentou negar qualquer relação da ruptura da parceria com uma possível mudança no foco dos investimentos da empresa e chegou a afirmar que os planos de dar a independência à Niantic se antecederam a sua reestruturação. "Eles estão prontos para acelerar seu crescimento, tornando-se uma empresa independente, que irá ajudá-los a se alinhar mais aos investidores e parceiros no espaço de entretenimento", disse a empresa na época.

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