África discute medidas para defender os albinos
Entre os temas abordados estão pesadas penas para crimes contra albinos, um guião com medidas de segurança e até um concurso de beleza.
Pesadas penas para crimes contra albinos, um guia com medidas de segurança e até um concurso de beleza são algumas das medidas discutidas na semana passada, em Dar es Salaam, Tanzânia, na primeira cimeira internacional sobre albinismo.
O encontro, promovido pelas Nações Unidas, juntou cerca de 150 pessoas na capital tanzaniana, entre líderes políticos e activistas pelos direitos humanos para discutir medidas específicas de combate aos ataques, discriminação e cuidados com a saúde.
Ikponwosa Ero, especialista em albinismo, afirmou àAFP que “de todas as regiões do mundo, África é a mais hostil para os albinos”. A perseguição às pessoas com esta condição está ligada às histórias de que o albinismo é uma maldição ou um castigo de Deus e esta ideia alimenta um mercado negro macabro, em que a mercadoria são partes dos corpos dos albinos, inclusive de crianças, vendidas como amuletos.
Num ano e sete meses, as autoridades do Malawi registaram 18 assassinatos de albinos e o rapto de cinco outros. A instituição de solidariedade canadiana Under The Same Sun, que actua em África, registou no seu último relatório 457 ataques a albinos na última década, incluindo 178 mortes em 26 países.
Nenhum comentário