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Governo deve “habituar-se” a ouvir quem pensa diferente

Dezenas de pessoas juntaram-se sábado em Luanda num encontro de solidariedade em defesa dos 17 activistas condenados.

Rafael Marques (AngoPortal)


O activista Rafael Marques está convencido que actos de solidariedade como o realizado sábado em defesa dos 17 jovens condenados a prisão por rebelião podem levar o governo a “habituar-se” a ouvir quem “pensa diferente”.
Dezenas de pessoas, entre políticos e civis, juntaram-se sábado em Luanda num “encontro de solidariedade”, organizado pelo portal de investigação jornalística Maka Angola, de Rafael Marques, e a rádio Despertar, em que além de familiares dos jovens detidos, participaram também vítimas de alegados actos de intolerância contra militantes da União Nacional para a Independência de Angola (UNITA), ocorrido em algumas regiões do país.
Durante o encontro, familiares dos jovens activistas leram algumas mensagens dos detidos, contaram as dificuldades por que têm passado e apelaram à sua libertação.
A iniciativa, que surge na semana em que passa um ano das primeiras detenções em Luanda no caso dos 17 activistas contou com dois momentos, tendo a segunda parte sido reservada a partidos políticos presentes no acto.
Representantes da UNITA, do Partido de Renovação Social (PRS), do Bloco Democrático e do Partido Democrático para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) leram mensagens de encorajamento e apelaram à libertação dos jovens activistas.
Em declarações à imprensa, Rafael Marques disse que acções do género devem servir de reflexão para “ajudar o próprio governo a habituar-se a ouvir as pessoas, a pensar diferente, a serem críticas”.
“Como o próprio presidente até já disse que se quer retirar em 2018, então se há pessoas aqui a dizer que o presidente deve abandonar o poder, então estão apenas a repetir aquilo que o presidente já disse e isso não é crime nenhum, até porque o presidente já tinha dito que queria sair”, disse Rafael Marques.

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