Epidemia de febre-amarela já matou 353 pessoas
Foram identificados 3.464 casos suspeitos em seis meses, mais 170 casos só entre 20 e 24 de Junho.
A epidemia de febre-amarela já matou 353 pessoas, entre 3.464 casos suspeitos em seis meses, e registou mais 170 casos só entre 20 e 24 de Junho, indicam dados do mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo o relatório da OMS, dos casos suspeitos registados entre 5 e 24 de Junho, 868 foram confirmados laboratorialmente e das vítimas mortais (mais seis mortos entre desde o balanço feito pela instituição, a 20 de Junho), 116 foram confirmadas igualmente em laboratório como provocadas por febre-amarela.
A epidemia, que alastrou a partir de Luanda para 16 das 18 províncias, já está numa fase de propagação local, justificando, segundo a OMS, o alargamento da campanha de vacinação contra a doença a todo o território.
De acordo com aquela organização das Nações Unidas, Angola já recebeu cerca de 14 milhões de vacinas contra a febre-amarela e vacinou mais de 11 milhões de pessoas desde Fevereiro, numa população-alvo estimada em 24 milhões.
A OMS assumiu a 19 de Junho que a resposta à epidemia de febre-amarela em Angola, que se propaga desde Dezembro, levou pela primeira vez à ruptura das reservas mundiais de emergência da vacina.
“A resposta ao surto de Angola esgotou as reservas globais de seis milhões de doses de vacina contra a febre-amarela, duas vezes este ano. Isso nunca aconteceu antes”, admitiu anteriormente a OMS.
A informação consta de um relatório anterior da OMS sobre a propagação da epidemia de febre-amarela de Angola, a outros países africanos, como a República Democrática do Congo, que até 23 de Junho já registou 1.307 casos e 75 mortos.
Também de Angola foram importados casos para o Quénia (dois) e para a China (11), com a OMS a sinalizar a ameaça de propagação global da doença através de viajantes não imunizados contra a doença.
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