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Um só bloco angolano garantiu quase mil milhões de dólares de petróleo

Um único bloco no 'offshore' angolano vendeu em junho quase 1.000 milhões de dólares e mais de 21 milhões de barris de petróleo, indicam dados do Ministério das Finanças compilados hoje pela agência Lusa.


Em causa está a atividade do bloco 17, na bacia do Congo, operado pela francesa Total e que inclui vários campos e poços em águas profundas, sendo atualmente o mais rentável de Angola, país que é o maior produtor de petróleo de África, com 1,7 milhões de barris por dia.
Neste bloco, onde está localizado o denominado campo Girassol, a maior descoberta de reservas de óleo em Angola, foram produzidos em junho 21.861.011 barris de crude, exportados por sua vez a um preço médio de 44,11 dólares, o valor mais alto do ano.
Tendo em conta estes dados do Ministério das Finanças, o bloco 17 terá faturado em junho quase 965 milhões de dólares (879 milhões de euros), sendo que o relatório confirma que representou, em receitas fiscais de todo o mês, 47.031 milhões de kwanzas (258 milhões de euros).
Segundo os dados referentes a 11 blocos de produção, Angola vendeu em junho 54.064.324 barris de petróleo, um aumento de mais de dois milhões de barris face a maio, a um preço médio de 45,2 dólares, o que totaliza vendas globais de mais de 2,4 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) num mês.
As receitas fiscais com estas vendas ascenderam a 127.091 milhões de kwanzas (697 milhões de euros), sendo junho o melhor mês do ano, de acordo com o histórico.
Com uma área total de exploração de 4.928 quilómetros quadrados, a atividade de exploração no bloco 17 arrancou, segundo a Sonangol, concessionária estatal para o setor petrolífero, em janeiro de 1993 e decorreu até dezembro de 2003, iniciando-se mais tarde a produção.
A francesa Total, que opera este bloco, é responsável por 40% (mais de 700 mil barris por dia) da produção de petróleo de Angola e anunciou em julho de 2015 um investimento de 10 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões de euros) na atividade no país até 2018.

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